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Café com Biodiversidade
O cafezal orgânico da Fazenda Cantão da Lagoinha é sombreado por árvores nativas dos biomas Cerrado e Mata Atlântica, compondo um bosque que prima pela diversidade. São mais de 150 diferentes espécies, com mais de cinco mil árvores plantadas. O sombreamento conjugado com a altitude de 990m acima do nível do mar, temperatura média de 24º e precipitação pluviométrica de 1.500 mm/ano, reproduzem condições climáticas similares às da região de origem do café arábica - a Etiópia, onde o café cresceu no sub-bosque de florestas tropicais, a altitudes de 1.600 a 2.800m, temperatura média anual de 20ºC e precipitação entre 1.600 a 2.000 mm/ano.
Numa área plantada de 2 hectares, são cultivados grãos 100% Arábica, das variedades Catuaí 62 e 144, ambos vermelhos e amarelos, mais adaptados ao Cerrado, e Bourbon amarelo, variedade particularmente apreciada por seu aroma e sabor.
Os grãos são colhidos apenas quando apresentam a cor “cereja” (ponto ótimo de maturação) e secam naturalmente em terreiro suspenso, sem contato com o solo, o que propicia melhor aeração e menor risco de fermentação.
Armazenados em coco, os grãos somente são descascados em no máximo 15 dias antes da torrefação e envazados em embalagens de última geração.
Soja Orgânica
Produzida sempre a partir de sementes convencionais – garantidas por análise de laboratório – a soja é cultivada com uso apenas de insumos orgânicos e muito trabalho, principalmente para a capina de plantas espontâneas, que constituem o maior desafio da produção orgânica de grãos.
À época em que produzia também frango orgânico, a Fazenda adquiriu uma extrusora para esmagar os grãos de soja, de sorte a eliminar os fatores ante nutricionais dessa leguminosa. Por isto, eventualmente, a Fazenda também comercializa o farelo de soja.
Milho Orgânico
A Fazenda cultiva desde 2013 apenas sementes de milho crioulas. Todos os anos após a colheita são selecionadas as sementes que serão plantadas na safra seguinte. Para assegurar que a área não foi contaminada por variedades transgênicas é realizada anualmente análise de laboratório qualitativa com a técnica PCR – Polymerase Chain Reaction, cuja sensibilidade é da ordem de 1 para 1000.
Embora apresentem produtividade inferior às sementes convencionais, a Fazenda prefere o cultivo destas sementes por três razões:
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Para preservar a nossa biodiversidade;
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Como são sementes que vêm sendo plantadas há muitas gerações, acreditamos que elas estão se moldando mais adequadamente à mudança climática do que as convencionais que foram “melhoradas” em laboratório e não passaram pelas mesmas adaptações evolutivas naturais;
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As variedades crioulas aqui cultivadas apresentam teor de proteína na matéria seca superior às variedades convencionais (híbridas ou não) em torno de 30% (10,5% contra 8,0%)
Aspecto curioso é o emprego do cultivo de girassol apenas com o propósito de proteger o milho do ataque de maritacas. Estas aves preferem aquela oleaginosa e não danificam as espigas de milho que tendem a deteriorar quando os pássaros retiram a palha abrindo caminho para a contaminação por bactérias e fungos.
Feijão Orgânico
Uma vez mais prevalece o conceito da biodiversidade. São cultivados anualmente pelo menos 3 diferentes variedades, entre as seguintes: rosinha, roxinho, preto, rajado, manteiga, chocolate, amendoim, vermelho gigante, entre outras.
Após colheita e limpeza, aos grãos é misturada terra diatomácea para protege-los do ataque de carunchos (ou gorgulho) e outros insetos. Assim são armazenados de forma segura sem o uso do chamado expurgo – que emprega produtos altamente tóxicos. A experiência tem demonstrado que o uso da terra diatomácea assegura a preservação dos grãos por no mínimo um ano após a colheita.
As vendas são realizadas a granel – acima de 50 kg – e em pacotes de 1 kg.
À medida em que há pedidos os grãos são acondicionados em embalagem de papel kraft totalmente reciclável, sem o emprego de nenhum elemento plástico.
Sorgo Orgânico
O processo de produção é semelhante ao do milho, deste diferenciando-se apenas no que diz respeito à contaminação por transgênico, já que não existe ainda no mercado sementes transgênicas de sorgo.
Destina-se basicamente à alimentação animal.
Entretanto, também pode ser empregado para a produção de farinha que é utilizada na produção de bolos e tortas.
As vendas são realizadas a granel, a partir de 50 kg.